Semana da Arte Moderna
O Modernismo teve
início com a Semana de Arte Moderna, realizada no teatro de São
Paulo nos dias 13, 15 e 17 de Fevereiro de 1922. Idealizado por
um grupo de artistas, a Semana pretendia colocar a cultura
brasileira a par das correntes de vanguarda do pensamento europeu,
ao mesmo tempo que pregava a tomada de consciência da realidade
brasileira.
A transformação do mundo, com o enfraquecimento gradativo dos
grandes impérios, com a prática européia de novos ideais políticos,
a rapidez dos transporte e mil e uma outras causas internacionais,
bem como o desenvolvimento da consciência americana e brasileira.
Com isto impunharam a criação de um espírito novo e exigiam a
reverificação e mesmo a remodelação da inteligência nacional.
Isto foi o movimento modernista, de que a Semana de Arte Moderna
ficou sendo o brado coletivo principal.
Os
Antecedentes da Semana da Arte Moderna
"Nós não sabíamos o que queríamos, mas sabíamos o
que não queríamos (...) o nosso sentido era especificamente
destruidor".
Essa frase de Mário de Andrade reforça o caráter revolucionário
da chamada "frase heróica" do Modernismo brasileiro,
com a Semana de Arte Moderna identificada como o brado coletivo
principal de uma série de transformações tanto no âmbito
internacional como no interno, tanto no campo artístico como no
político e social. Portanto, para se ter idéia mais precisa do
que foi a Semana, é necessária uma rápida retrospectiva dos 10
anos anteriores à sua realização.
A Realização
do Evento
As primeiras informações sobre a realização de uma Semana
de Arte foram veiculadas pela imprensa paulistana em 29 de
Janeiro de 1922; nessa data, o jornal Correio Paulistana noticia
a organização da Semana e relaciona todos os prováveis
participantes do evento.
Na noite de 13 de Fevereiro foi aberta com a conferência de Graça
Aranha, intitulada A Emoção Estética na Arte Moderna,
acompanhada da música de Ernani Braga e da poesia de Ronald de
Carvalho.
O segundo espetáculo, em 15 de fevereiro, anunciava como grande
atração a pianista Guiomar Novaes, que, apesar do protesto,
compareceu e se apresentou.
A 17 de Fevereiro, realizou-se o "terceiro e último grande
festival" da Semana de Arte Moderna, com a apresentação de
músicas de Villa-lobos entrou no palco com casaca e...chinelos;
o público interpretou como uma atitude futurista, e foi vaiado.
Mais tarde, o maestro explicaria que não se tratava de futurista
e sim de um calo arruinado...