Rondonia
Situado na Região
Norte, na divisa com Amazonas, Mato Grosso e Bolívia, o estado
possui dois terços de sua área cobertos pela floresta Amazônica.
O cerrado recobre os pontos mais altos do território a
chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque
nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas
abundantes e temperatura média anual de 26°C.
A capital, Porto Velho, nasce a partir de núcleos populacionais
que se formam em torno das instalações da ferrovia MadeiraMamoré,
megaprojeto idealizado por norte-americanos e ingleses, que começa
a ser construída em 1907. Desativada definitivamente em 1972,
possui um trecho de 7 km a partir de Porto Velho em funcionamento
para atender ao turismo.
Até o início da década de 90, recebe um grande número de
migrantes em decorrência da euforia econômica estimulada, entre
outros fatores, por investimentos federais nas décadas de 60 a
80. Em 1990 a população ultrapassa 1,1 milhão de habitantes.
Rondônia possui hoje a maior densidade demográfica entre os
estados da Região Norte. A urbanização, porém, é baixa: 38%
da população ainda permanece no campo. Em meados da década de
90, o crescimento demográfico apresenta sinais de declínio.
Expansão da pecuáriaA atividade agropecuária, de baixo
padrão tecnológico, ocupa 37% da área estadual e concentra-se
sobretudo na porção leste. Nos últimos anos se verifica uma
redução da área destinada às lavouras, que ocorre
paralelamente ao crescimento da pecuária. O rebanho bovino,
destinado principalmente ao corte, aumenta de 770,5 mil para 3,9
milhões de cabeças entre 1985 e 1996. No campo persistem
conflitos pela posse da terra, que envolvem grupos indígenas,
posseiros e garimpeiros.
Com a economia limitada à agropecuária e ao extrativismo
vegetal e mineral, um dos grandes problemas do estado é a falta
de infra-estrutura urbana. A escassa produção de energia elétrica
é um dos obstáculos para o incremento do setor industrial.
Destacam-se indústrias de laticínios e frigoríficos, na região
do município de Ouro Preto do Oeste, e de móveis, em Ji-Paraná.
DesmatamentoComo a maioria dos estados da região da
floresta Amazônica, Rondônia enfrenta problemas como o garimpo
informal e a devastação da floresta. Estimativa da Secretaria
do Desenvolvimento Ambiental de Rondônia revela que a área
total desmatada da região atinge cerca de 5.000.000 de ha em
1997, o que corresponde, aproximadamente, a 20% da área estadual.
O aumento foi de 20,6% apenas nos últimos dois anos. Um dos
principais motivos para o avanço do desmatamento é o
crescimento da pecuária extensiva.
FATOS
HISTÓRICOS Os primeiros colonizadores
portugueses começam a percorrer o atual estado de Rondônia no século
XVII. Somente no século seguinte, com a descoberta e a exploração
de ouro em Goiás e Mato Grosso, aumenta o interesse pela região.
Em 1776, a construção do Forte Príncipe da Beira, às margens
do rio Guaporé, estimula a implantação dos primeiros núcleos
coloniais, que só se desenvolvem no final do século XIX com o
surto da exploração da borracha.
No início do século XX, a criação do estado do Acre, a
construção da ferrovia MadeiraMamoré e a ligação
telegráfica estabelecida por Cândido Rondon representam novo
impulso à colonização. Em 1943 é constituído o Território
Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o
desmembramento de áreas pertencentes aos estados de Mato Grosso
e Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação
e o desenvolvimento da região, que em 1956 passa a se chamar
Território de Rondônia. Até a década de 60, a economia se
resume à extração de borracha e de castanha-do-pará.
O crescimento acelerado só ocorre, de fato, a partir das décadas
de 60 e 70. A política de incentivos fiscais e os intensos
investimentos do governo federal, como os projetos de colonização
dirigida, estimulam a migração, em grande parte originária do
Centro-Sul. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata
atrai grandes empresários interessados em investir na agropecuária
e na indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e
cassiterita também contribui para o aumento populacional. Entre
1960 e 1980, a população cresce quase oito vezes, passando de
70 mil para 500 mil habitantes. Em 1981, Rondônia ganha a condição
de estado.
GEOGRAFIA
Localização: oeste da Região Norte.
Área: 238.512,8 km².
Relevo: planície a oeste, depressões e pequenos planaltos ao norte e planalto a sudeste.
Ponto mais alto: serra dos Pacaás (1.126 m).
Rios principais: Madeira, Ji-Paraná, Guaporé e Mamoré.
Vegetação: floresta Amazônica e cerrado a oeste.
Clima: equatorial.
Municípios: 52 (1998).
Municípios mais populosos: Porto Velho (304.996), Ji-Paraná (93.961), Cacoal (74.482), Ariquemes (71.366), Jaru (47.437), Vilhena (45.300), Rolim de Moura (43.770), Ouro Preto do Oeste (40.508), Guajará-Mirim (38.839) e Pimenta Bueno (31.761) (est. 1998).
Hora local: - 1h.
Habitante: rondoniano.
POPULAÇÃO: 1.276.173 (1998).
Densidade: 5,35 hab./km².
Crescimento demográfico: 1,5 % ao ano (1991-1996).
Crianças de 7 a 14 anos fora da escola: 8,1 % (1998).
Analfabetismo: 7,58 % (1996).
Mortalidade infantil: 34,74 por mil nascidos vivos (1996).
IDH: 0,820 (1996).
GOVERNO
Governador: José de Abreu Bianco (PFL).
Senadores: 3.
Deputados federais: 8.
Deputados estaduais: 24.
Eleitores: 836.179 (1998).
ECONOMIA
Participação no PIB: 0,29 % (1995).
Agricultura: milho (133.727 t), arroz (87.654 t), café (78.921 t), mandioca (53.569 t), feijão (47.929 t) e cacau (3.605 t) (1996).
Pecuária: bovinos (3.937.291) e suínos (410.315) (1996).
Mineração: estanho-cassiterita (13.836.428 kg), nióbio (2.200 kg) e ouro (1.324.000 g) (1996).
Indústria: madeireira, extrativa mineral e alimentícia.
CAPITAL: Porto Velho.
Habitante: porto-velhense.
População: 304.996 (1998).
Prefeito: Carlinhos Camurça (PDT).
Fundada em: 2/10/1914.