Regiao Nordeste
Formada pelos
estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Bahia.
A maior parte da região apresenta clima tropical. Nas depressões
entre planaltos do sertão e no vale do rio São Francisco, na
Bahia, o clima é semi-árido, marcado pela vegetação da
caatinga. A partir do período colonial, a mata Atlântica, que
recobria o litoral entre a Bahia e o Rio Grande do Norte, foi
quase inteiramente destruída para dar lugar às extensas plantações
de cana-de-açúcar. Apesar da devastação, esse trecho continua
a ser conhecido como Zona da Mata.
O grande número de cidades situadas na costa, aliado à beleza
natural, contribui para o crescimento do turismo, mesmo havendo
deficiências na infra-estrutura. Esse crescimento favorece a
especulação imobiliária, que em muitos casos ameaça a
preservação de importantes ecossistemas, especialmente áreas
de mangue e dunas). No litoral se desenvolve uma culinária à
base de peixe e frutos do mar. No interior é mais comum o
consumo de carne-seca.
Ainda hoje a economia da região depende muito da agroindústria
do açúcar e do cacau exercida em latifúndios, muitas vezes com
métodos primitivos. Mas há uma significativa extração de petróleo
na Bahia, processado na Refinaria Landulfo Alves e no pólo
petroquímico de Camaçari. Muitas empresas têm aproveitado os
incentivos fiscais concedidos pelos governos estaduais e a mão-de-obra
barata para se instalar na região. O Ceará, que consegue atrair
algumas importantes indústrias de calçados, é um exemplo desse
movimento.
Algumas formas de artesanato são tradicionais na região. Entre
elas estão a renda de bilros e a cerâmica. As festas juninas de
cidades como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) são as mais
populares do país. E o Carnaval de Salvador (BA), de Olinda e do
Recife (PE) é dos que mais atraem turistas em todo o Brasil. A
região tem altos índices de pobreza, que se refletem nas taxas
de mortalidade infantil e de analfabetismo. A concentração da
propriedade da terra nas mãos de poucas pessoas, a seca e as
dificuldades de obtenção de crédito agrícola dificultam a
permanência do homem no campo. A falta de acesso a métodos
eficientes de uso da terra, aliada à atração de novos empregos,
alimenta a migração em direção às cidades. Entre os
principais destinos estão as metrópoles da Região Sudeste e
capitais dos próprios estados nordestinos. De todo o movimento
migratório que acontece de 1991 a 1996 entre regiões, 43,8% é
de nordestinos.